Galileu tinha razão

Galileu tinha razão quando, em 1971, chegado à Lua, David Scott (Apollo 15) deixou cair simultaneamente da mesma altura um martelo e uma pena, caindo os dois ao mesmo tempo na superfície lunar.
Galileu ficou cativado pela semelhança da superfície lunar à Terra, com vales e montanhas, o que muito provavelmente significaria que seria composta por matéria parecida à da superfície terrestre.
Esta Sexta-feira (dia 27 de Julho) foram fortemente visíveis uns pontos brilhantes que  correspondem às montanhas da Lua. Um considerável número de anos antes, para calcular a altura dessas montanhas, seria necessário contar o tempo que demoravam esses pontos a ficar brilhantes. Não possuindo um bom relógio, Galileu guiou-se pelas batidas cardíacas, o que resultou em valores extremamente exagerados, pois esqueceu-se que a excitação do momento lhe tinha acelerado o batimento cardíaco.
Rebelde como era, desistiu da Universidade (estudos de Medicina) e teve 3 filhos (não reconheceu a paternidade) de Marina Gamba, possivelmente prostituta, com quem nunca veio a casar.
Certamente teria ficado encantado com este que foi considerado o maior eclipse lunar do século XXI em termos de duração. 381 anos antes, Galileu ainda teve tempo de realizar uma última descoberta: o movimento de libração da Lua (assim a partir da Terra é possível avistar cerca de 59% da superfície lunar). No ano seguinte, perdeu a visão.
De entre inúmeros erros empíricos que Galileu certamente terá cometido, os maiores foram questionar a capacidade da teleologia como ciência para descrever o mundo e a sua defesa pelo copernicanismo. Foi condenado a prisão perpétua, após uma primeira admoestação, só tendo isto sido considerado injusto quando o papa João Paulo II decidiu reabrir o caso.